DNA pode enfrentar tráfico de crianças
O espanhol José Antonio Lorente, diretor do Laboratório de Identificação Genética da Universidade de Granada, na Espanha, está apostando no DNA como uma ferramenta para identificar crianças que moram nas ruas e para combater o tráfico de pessoas. Lorente criou, em 2004, a fundação DNA-Prokids, que auxilia países a implementar bancos de dados de DNA para identificar crianças e adolescentes desaparecidos. O médico e pesquisador diz que a Paraíba deve se tornar o primeiro estado brasileiro a adotar a ideia.
Adoção ilegal – Para o especialista, a genética poderia ajudar, inclusive, nos casos de adoção. “Há diversas crianças que são deixadas para adoção sem que haja a comprovação de que a mulher que entrega a criança é sua mãe biológica. Assim, em muitos países as crianças são roubadas e entregues a mulheres jovens que não são mães desses bebês, mas que dizem que são e alegam não ter recursos para alimentá-los porque têm outros filhos para criar. Uma vez que o bebê é entregue, e isso se torna uma adoção legal, a mãe pode receber de US$ 1.000 a US$ 3.000 para ajudá-la a sustentar o restante da família. Isso se tornou um tipo de negócio”, afirma.