Documentário brasileiro questiona adoção indiscriminada da cesariana

Veículo: Folha de S. Paulo - SP
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Basta que mãe e filho sobrevivam ao parto ou o nascimento deve se transformar em experiência agradável?

Será que a prática excessiva de cesarianas terá impacto negativo na humanidade? Essas são algumas questões presentes no documentário "O Renascimento do Parto" (2013, 90 min), que estreia dia 9 em São Paulo, no Rio e em Brasília e, em setembro, integrará o 6º Los Angeles Brazilian Film Festival. O documentário ouve médicos, obstetrizes, doulas e o Ministério da Saúde, numa espécie de manifesto em favor do parto humanizado – em casa ou no hospital. "Muita gente pensa que o filme quer fazer a dicotomia entre cesárea e parto normal. Mas é mais que isso, é mostrar o absurdo do índice de cesáreas e dizer que existe o parto humanizado", diz Érica de Paula, acupunturista, doula e responsável pela produção e pelo roteiro do filme. A película apresenta malefícios das cesarianas marcadas por conveniência, como o risco da prematuridade, e as intervenções realizadas nos hospitais.