É difícil fazer protesto pacífico, diz Passe Livre
O grupo classificou ainda de "oportunismo" a proposta feita pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para criar um passe livre para estudantes, e defendeu que a tarifa zero seja financiada pelos contribuintes. As afirmações foram feitas ontem (27) por Caio Martins, 19, e Mariana Toledo, 27, integrantes do MPL, em sabatina realizada pela Folha e pelo portal UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha. O debate ocorreu no Museu da Imagem e do Som, no Jardim Paulista (zona oeste de São Paulo). "É muito difícil conseguir uma manifestação pacífica na rua [no Brasil] porque o Estado é violento", disse Martins, 19. Estudante de história da USP, ele diz que experimentou exagero da polícia desde que começou a militar no MPL, em janeiro de 2011. Citou ainda uma integrante do movimento que perdeu parte de um dos dedos devido aos estilhaços de uma bomba de efeito moral lançada pela polícia em uma das manifestações do grupo. Questionado se o ataque à Prefeitura de São Paulo tinha sido crucial para a revogação no aumento da passagem, o estudante afirmou que o motivo principal do recuo na tarifa foi ‘a presença popular’: “Tinha centenas de milhares de pessoas saindo às ruas”.