Em colégios de SP, crianças decidem no voto de lanche a conteúdo de aula
A candidata prometeu gelatina todo dia, hora do sono na cachoeira e passeios para consumo de sacolé (picolé artesanal). Como na política, eleita, ela não cumpriu a maioria de suas promessas. Nesse caso, porém, o mandato foi melhor do que a encomenda. Aos 9 anos, a presidente chamou o prefeito da cidade e o convenceu a fazer de um puxadinho uma nova sala de aula na escola que comandou em 2013. Localizada em Santo Antônio do Pinhal, a 171 km da capital paulista e rodeada pelas montanhas da serra da Mantiqueira, a escola Lumiar funciona com base em decisões tomadas em assembleias semanais, chamadas de rodas. Nelas, crianças e adultos decidem no voto os assuntos mais cotidianos – como o que será servido no lanche – e os mais fundamentais – como o conteúdo do bimestre. A participação dos alunos em decisões da escola é tendência ascendente em São Paulo. De 2010 para cá, até colégios tradicionais adotaram práticas como assembleias.