ES: Abrigadas, crianças e adolescentes aguardam por novos pais e um lar
Somente 15% das crianças abrigadas no Espírito Santo já passaram pelo processo de destituição do poder familiar e aguardam a oportunidade de viver com novos pais, segundo o Tribunal de Justiça. Do restante, 159 aguardam a conclusão desses processos para entrar na fila da adoção e 564 aguardam o retorno para suas famílias. Ao todo, 854 crianças residem em abrigos. A coordenadora das Varas da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça, Janete Pantaleão, explica que isso acontece porque as primeiras tentativas do juizado, quando a criança chega ao abrigo, são sempre no sentido de levá-la de volta ao convívio familiar. Para isso, oferece apoio aos pais, aos parentes mais próximos e, claro, às crianças. Os procedimentos às vezes levam meses e até anos para serem concluídos. E quanto mais tempo no abrigo, menores as chances de a criança conseguir um novo lar, já que a maioria dos interessados em adotar desejam filhos com idades de até dois anos.