Escolas e clubes ensinam crianças a programar
Com os dedos em pinça, o aluno Artur Suda, de 8 anos, segura um pequeno fio vermelho conectado a uma banana, que está presa a uma placa e conectada a um laptop. Cada vez que toca na banana, os caracteres na tela do computador respondem aos comandos, como em um mouse. A cada clique, Artur ri, maravilhado com a façanha recém aprendida em uma aula de programação na escola onde cursa o ensino fundamental. A Escola Bakhita, em São Paulo (SP), onde Artur estuda, reúne semanalmente alunos de 8 a 13 anos para aprender programação e robótica em aulas práticas. Oferecidas como atividade extracurricular, as aulas seguem uma tendência mundial que ganha força no Brasil: o incentivo ao ensino da linguagem da computação em escolas. A ideia, defendida por pedagogos e executivos de tecnologia, é de que em um mundo cada vez mais digital, saber interpretar e escrever códigos e tão importante quando ler, escrever e fazer contas. Outro elemento reforça a tese. No Brasil e em boa parte do mundo há déficit de profissionais preparados para trabalhar em áreas como programação e tecnologia da informação (TI).