Etiópia proíbe adoção internacional devido a maus tratos contra crianças

Veículo: O Globo - RJ
Compartilhe

A Etiópia aprovou, no dia 10 de janeiro, o veto que proíbe adoção de crianças do país por estrangeiros. A medida foi promovida por deputados que demonstraram preocupação em relação a maus tratos contra crianças adotadas e levadas para fora da Etiópia. A decisão, no entanto, foi questionada por outros parlamentares, que afirmaram que o país não oferece assistência infantil o bastante para lidar com as consequências da proibição.

De acordo com a nova legislação, as crianças órfãs devem, agora, permanecer em sua terra natal, para honrar com sua cultura e tradições. A Etiópia está entre os dez países da África mais escolhidos por casais americanos para adoções, segundo o Departamento de Estado dos Estados Unidos. Em novembro, o governo americano anunciou que o país africano estava aumentando as restrições nas normas de adoção.

Essa não é primeira vez que as adoções na Etiópia são questionadas na comunidade internacional. Dois anos atrás, a Dinamarca proibiu que dinamarqueses adotassem crianças etíopes, para evitar tráfico de humanos. Na época, a medida também foi bastante questionada.

Celebridades como o ex-casal Angelina Jolie e Brad Pitt já adotaram crianças etíopes. O país, no entanto, não é o único na África onde a adoção internacional é comum. A cantora Madonna adotou dois filhos, David e Mercy, nascidos no Malawi, na África Oriental. A pequena Titi, adotada pelo casal de atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank em 2016, também nasceu no Malawi.