Foco nos perigos do narguilé

Veículo: Correio Braziliense - DF
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Fumar tabaco usando o tradicional cachimbo árabe é um costume centenário no Oriente e que recentemente chegou aos bares e cafés brasileiros, atraindo, principalmente, a atenção dos jovens. Com um aroma agradável, o narguilé consegue disfarçar malefícios que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são mais severos do que os do cigarro. Para se ter uma ideia, uma sessão média do produto equivale ao consumo de 100 cigarros. Normalmente compartilhada em confraternizações e encontros de amigos, a piteira do narguilé é outro ponto que chama a atenção dos especialistas. De boca em boca, ela aumenta as chances de transmissão de doenças graves, como a hepatite C. Tamanhos estragos fizeram com que o narguilé se transformasse no alvo do Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado amanhã.

Pesquisa – O Instituto Nacional de Câncer, responsável pelas atividades que acontecerão no País, em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que o cachimbo já é usado por pelo menos 300 mil pessoas no Brasil. Dados da pesquisa Vigilância de Tabagismo em Escolares (Vigescola), do Ministério da Saúde, revelam que de 20% a 45% dos adolescentes de 13 a 15 anos já experimentaram cigarro e pelo menos 10% fumam. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o exemplo vem de casa. Pais (52%), mães (44%) e irmãos (36%) dos alunos fumantes também são viciados em tabaco. "As crianças até conhecem os riscos, mas seguem o modelo de comportamento visto em casa. Entendem que aquilo é normal e, quando dão por si, também estão fumando", analisa Márcio Gonçalves de Sousa, coordenador do Comitê de Controle do Tabagismo da SBC.

Temas deste texto: Consumo - Drogas - População - Saúde