Gravidez na adolescência atinge o menor índice desde 1994
A área da infância e juventude no Brasil registrou um avanço positivo em 2010: a proporção de meninas entre 10 e 19 anos que engravidam diminuiu e atingiu a menor taxa desde 1994. O número está em queda desde os anos 2000. Em 2010, 19,3% dos bebês nascidos vivos eram de mães nessa faixa de idade, contra uma proporção de mais de 23% registrada nos primeiros anos da década passada. Apesar da queda, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que o índice não ultrapasse os 10%. Para especialistas no tema, mudanças no ambiente escolar respondem, em parte, por esse avanço. A introdução de aulas sobre direitos sexuais e reprodutivos nos colégios, alertando para a contaminação por HIV, tornou-se o melhor canal para evitar também a gravidez. "Não há nada melhor e mais eficiente do que educar, avalia o médico ginecologista e obstetra da Maternidade Vitor Ferreira do Amaral, em Curitiba, Fernando César de Oliveira Júnior. O ensino também ajuda a afastar a ideia de ser mãe antes do tempo, principalmente nas camadas mais pobres.