IDH das cidades melhora, mas educação é entrave

Veículo: A notícia foi publicada nos principais jornais do País - BR
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O Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios brasileiros subiu 47,5% em duas décadas – saindo do nível "muito baixo" para outro considerado "alto". A melhoria da qualidade de vida nas cidades ocorreu tanto nos itens renda da população como longevidade e educação. Os três quesitos são a base do IDHM – uma versão local do IDH utilizado pela ONU em avaliações de desenvolvimento social em países de todo o mundo. Mesmo sendo a área que mais evoluiu, a educação ainda é a única que alcança só o nível "médio" – que rebaixa a nota dos municípios. As conclusões fazem parte do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013. A pesquisa da ONU é feita com ajuda do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) e da Fundação João Pinheiro, do governo mineiro. Os dados foram calculados com os Censos de 1991, 2000 e 2010 – não captam, portanto, a gestão Dilma Rousseff. Um dado emblemático do novo cenário é a quantidade de municípios de IDHM "muito baixo". Em 1991, eram 85,8%. Em 2010, só 0,6%.

Ensino médio – O levantamento mostra que um dos principais gargalos está no ensino médio. Segundo o trabalho, apenas 41% dos adultos entre 18 e 20 anos terminaram essa fase do estudo. Vinte anos antes, no entanto, essa porcentagem era ainda mais baixa: 13%. Dados mais positivos emergem das outras variáveis que compõem esse segmento. Em 2010, 91,1% das crianças entre 5 e 6 anos frequentavam a escola, 84,9% das que têm entre 11 e 13 anos estavam nos anos finais do fundamental e 57,2% dos jovens entre 15 e 17 anos tinham o fundamental completo. Esses dados específicos só apareceram porque houve uma mudança importante na metodologia do quesito. Em 2003, última vez que o IDHM havia sido divulgado, o item educação só computava a frequência bruta à escola (da população jovem) e a taxa de alfabetização (entre os adultos). Agora, a ideia é compreender como tanto os jovens como os adultos evoluem no ciclo educacional – daí a medição da proporção dessas faixas etárias que termina as diferentes fases dos estudos.