Inep: Evasão no ensino médio chega a 11,2% no Brasil

Veículo: Revista Veja - BR
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evasão dos brasileiros no Ensino Médio chegou a 11,2% entre 2014 e 2015, segundo levantamento feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a partir de dados obtidos do Censo Escolar. O trabalho, inédito, foi divulgado na última terça-feira (20) e faz parte dos Indicadores de Fluxo Escolar baseados no acompanhamento de alunos das escolas públicas e privadas no período 2007 a 2015.

Ainda de acordo com o mapeamento, Pará é o Estado com mais alunos deixando a escola em todas as etapas de ensino, com 16% de desistência no Ensino Médio. Já a menor taxa de evasão do Ensino Médio é no Paraná e em Roraima, com 9% cada.

Evasão escolar

Os indicadores levam em conta a não efetuação da matrícula de alunos anteriormente inscritos nas escolas. Ou seja, não contabilizam o abandono escolar, que acontece quando o aluno deixa o curso enquanto está matriculado. Como resultado, foi constatado que, de 2007 a 2013, a evasão caiu progressivamente em todas as etapas de ensino, mas em 2014 ela voltou a crescer.

Segundo o Inep, as maiores taxas de evasão estão concentradas na primeira e segunda séries do Ensino Médio, com taxas de 12,9% e 12,7%, respectivamente. O nono ano do Ensino Fundamental tem a terceira maior evasão, 7,7%, seguido pela terceira série do Ensino Médio, com 6,8%. Além disso, a descontinuidade nos estudos é maior na zona rural em todas as etapas do ensino.

A migração para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), programa de continuação de estudos do governo federal para adultos, também foi apurada. Ela é mais expressiva ao final do Ensino Fundamental, quando chega a 3,2% e 3,1%, no sétimo e oitavo ano, respectivamente.

De acordo com o Inep, os dados auxiliam no desenvolvimento de políticas públicas e decisões governamentais para o desenvolvimento da educação no país. Além da evasão, foram divulgados nesta quarta-feira Indicadores de Trajetória do Discente da Educação Superior, obtidos pelo Censo da Educação Superior 2015, e dados inéditos sobre a remuneração média dos docentes da Educação Básica.

Segundo o levantamento, professores da rede federal de ensino básico têm o maior salário, com 7.767,94 reais em média ponderada para uma carga horária padronizada de quarenta horas semanais. Já os estaduais, recebem em média 3.476,42 reais, os municipais, 3.116,35 e, os da rede privada têm a menor remuneração, com 2.599,33 de reais mensais.