Infecção urinária é a segunda maior causa de aborto espontâneo no Brasil
Quando o assunto é gestação, os cuidados com a saúde da mulher são redobrados, pois por nove meses ela irá carregar outra vida. Além de ter atenção com a alimentação, consumo de medicamentos, contato com produtos químicos e excesso de esforço físico, a futura mamãe deve se preocupar com as pequenas mudanças do corpo. Um simples desconforto ao urinar, por exemplo, pode indicar o início de uma infecção urinária, patologia que atinge com mais frequência as mulheres. Nas mulheres grávidas, a incidência da doença é ainda maior. Devido às alterações fisiológicas que ocorrem na gravidez, como a dilatação dos órgãos que compõem o sistema urinário, diminuição do espaço para a bexiga e alterações imunológicas, as gestantes são mais suscetíveis a complicações e sequelas graves decorrentes das infecções do trato urinário. Dados de um estudo divulgado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), em 2007, revelam que a doença é a segunda causa de mortalidade prematura de fetos com até três meses, atrás apenas de alterações cromossômicas geradas por espermatozoides ou óvulos defeituosos.