Leis dificultam processo para quem deseja adotar uma criança

Veículo: Correio Braziliense - DF
Compartilhe

O Distrito Federal tem, atualmente, 410 famílias na fila da adoção e 98% deles desejam obter um bebê. No entanto, com a nova lei de adoção, nº 12.010/2009, esse processo ficou mais difícil. A primeira etapa – que engloba entrega de documentos, entrevistas com a Defensoria Pública e análise do Ministério Público – pode levar de três a quatro meses. Enquanto isso, cerca de 600 crianças e adolescentes vivem nas 19 instituições espalhadas pelo DF. Segundo o supervisor da 1ª Vara da Infância da Criança e do Adolescente, Walter Gomes, 153 delas estão prontas para a adoção. "O que atravanca o processo é o perfil da criança desejada. O mais procurado é o de bebês com menos de dois anos, brancos ou de pele morena clara, com saúde e sem irmãos”, conta. Preferidos pela maioria, os bebês são raros nas instituições. O perfil predominante é o de crianças acima de 4 anos e com irmãos (65%).

Espera –O supervisor Walter Gomes explica que hoje, se um casal quiser adotar um bebê, terá que esperar entre 6 e 8 anos. “Se essa mesma família quisesse acolher dois irmãos, de 9 e 10 anos, na próxima semana já começaria o estado de convivência”, completa. Para ele, o que leva a família a optar por crianças pequenas são a adaptação e a formação da personalidade.

Temas deste texto: Adoção