Letalidade por dengue é maior entre crianças com menos de 5 anos de idade, aponta Fiocruz
Letalidade por dengue: Até o dia 9 de março, foram notificados quase 240 mil casos de dengue entre a população infanto-juvenil; 52 desses pacientes morreram e grande parte das vítimas tem menos de 5 anos
Entre as crianças, a Fiocruz concluiu que a letalidade por dengue é maior entre as menores de 5 anos.
Na casa da arquiteta Patrícia Carvalho da Silva, todos foram diagnosticados com dengue. Mas a preocupação maior do casal foi com o filho Vitor, de dois aninhos.
“Ele ficou com muita febre, de 39,8, e a febre não passava, não passava. Ficou horas, acho que umas 7 horas com febre no total”, conta Patrícia.
Pesquisadores da Fiocruz alertam para incidência da doença em pacientes com menos de 14 anos. Até o dia 9 de março, foram notificados quase 240 mil casos de dengue entre a população infanto-juvenil; 52 desses pacientes morreram e grande parte das vítimas tem menos de 5 anos.
A letalidade entre crianças pequenas é cinco vezes maior do que entre as que têm de 10 a 14 anos.
“A doença se manifesta de forma mais grave especialmente entre bebes com menos de 5 anos de idade devido a não formação completa do sistema imunológico dessas crianças. Mas o Ministério da Saúde ele acerta em vacinar inicialmente essa faixa de 10 a 14 anos, o maior número de casos de dengue se encontra nessa faixa etária”, explica Cristiano Boccoloni, coordenador do Observa Infância.
Dengue em crianças: atenção redobrada. Os médicos alertam que, em alguns pacientes, o início da doença pode ser silencioso e passar despercebido. Além disso, crianças costumam ter quadro de febre e viroses com muita frequência, o que pode confundir os pais e até profissionais da saúde na hora do diagnóstico.
Um sintoma muito típico da dengue foi o que levou os pais do Vítor a procurar atendimento.
“Vitor estava todo cheio de mancha pelo corpo, cheio de pintinha vermelha. Ele fez o exame de sangue, na hora foi diagnosticado dengue”, conta Patrícia, mãe do Vitor.
“Manchas avermelhadas no corpo, sinais febris, uma dor de garganta, dor de cabeça, uma irritação excessiva. Quando aparecerem esses sinais, não tentem medicar seus filhos, levem para o serviço de saúde, lá o diagnostico correto vai ser feito e a intervenção necessária, medicação com hidratação correta vai ser realizada no posto de saúde”, alerta Cristiano Boccoloni.
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