Livro de Malala fora das escolas
Escolas particulares paquistanesas têm sido impedidas de comprar um livro escrito pela adolescente Malala Yousafzai, que se tornou um ícone da luta pelo direito à educação, devido a seu "conteúdo anti-Paquistão e anti-Islã", informou neste domingo (10) um alto funcionário. "Malala é nossa filha e está confusa sobre seu livro. Seu pai pediu à editora para retirar os parágrafos sobre Salman Rushdie e escrever A Paz Esteja com Ele depois do nome do nosso Sagrado Profeta (Maomé)", afirmou Kashif Mirza, chefe da Federação de Escolas Particulares do Paquistão. Mirza disse que cerca de 152 mil escolas particulares no Paquistão se solidarizaram com Malala, mas afirmou que as visões que ela expressou em sua autobiografia não eram "aceitáveis". Coescrito com a jornalista britânica Christina Lamb, Eu sou Malala: A história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo Talibã narra o terror da adolescente de 16 anos, quando dois homens armados entraram em seu ônibus escolar em 9 de outubro de 2012 e atiraram contra a sua cabeça.