Mães de crianças com alergia alimentar querem todos os ingredientes no rótulo
Já pensou em ter que levar uma lupa toda vez que for fazer compras? Já teve medo de comprar algo que pudesse fazer mal a quem fosse comer? Essas são duas perguntas que as criadoras do movimento "Põe no Rótulo" responderiam com um enfático "sim!". A campanha, iniciada em redes sociais por mães de crianças com alergia e intolerância alimentares, luta para que indústrias descrevam com clareza os componentes alergênicos nas embalagens. Uma das coordenadoras é a jornalista Mariana Claudino, 40 anos, cujo filho, Mateus, 4, tem alergia à proteína do leite. "Já comprei biscoito porque o rótulo dizia não ter leite, nem soro de leite. Ele ficou inchado e passou mal." Em outra vez, Mateus foi para um hospital com risco de morte após entrar no estágio pré-choque anafilático. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia, Fabio Morato Castro, alérgicos estão sujeitos à anafilaxia: reação grave e abrupta a substância ingerida ou presente no ambiente. Há perigo de edema de glote ("fechamento da garganta") e redução da pressão arterial a zero – situações que podem matar.