MG: Cresce número de jovens viciados, mas clínicas especializadas recusam tratamento
Apesar dos esforços para reduzir o uso de drogas em Minas Gerais, entraves dificultam a solução do problema. A falta de um mapeamento do cenário atual, com o número de dependentes químicos, e o desinteresse de unidades para acolher crianças e adolescentes viciados são alguns obstáculos. Hoje, há cerca de 60 vagas para internação para essa faixa etária no estado. Entretanto, apenas uma instituição que atua na área tem 26 crianças e adolescentes na lista de espera. "São casos delicados, que precisam de ajuda especializada. Enquanto as vagas não aparecem, crianças e adolescentes ficam à mercê do vício", afirma o presidente da ONG Defesa Social, Robert William. Há oito anos encaminhando dependentes químicos para tratamento, a organização esbarra na falta de locais para receber esses pacientes, parte de um grupo que não para de aumentar. O governo reconhece o déficit de vagas e atribui o problema a vários fatores, mas principalmente a uma decisão das próprias unidades.