MG: Professores cobram punição para trote

Veículo: Estado de Minas - MG
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Quatro professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) entraram com recurso pedindo nulidade da sindicância feita pela Faculdade de Direito que determinou a instauração de processo administrativo disciplinar contra 198 alunos por participação nos trotes do dia 15 de março deste ano. Uma das autoras do recurso, Regina Helena Alves da Silva, professora da Faculdade de História da UFMG, avalia que a Faculdade de Direito não teve "pulso forte" e que deveria ter indiciado parte dos alunos por racismo e apologia ao nazismo. Na época do trote, duas fotos postadas em uma rede social revoltaram a comunidade acadêmica e internautas. Numa delas, uma caloura com o corpo tingido de preto aparece com as mãos atadas e carrega uma placa com os dizeres "caloura Chica da Silva", em referência à escrava, que viveu em Diamantina no período colonial. Em outra imagem, um novato aparece amarrado a uma pilastra e três colegas – um deles com um bigode parecido com o do ditador Adolf Hitler – erguem o braço direito em gesto semelhante à saudação nazista.