Mortes violentas de jovens tiveram aumento de 207%
A violência contra os jovens brasileiros aumentou nas últimas três décadas de acordo com o "Mapa da Violência 2013: Homicídio e Juventude no Brasil", publicado pelo Centro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), com dados do Subsistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. Entre 1980 e 2011, as mortes não naturais e violentas de jovens como acidentes, homicídio ou suicídio cresceram 207,9%. Se forem considerados só os homicídios, o aumento chega a 326,17%. Do total de 46.920 mortes na faixa etária de 14 a 25 anos, em 2011, 63,4% tiveram causas violentas (acidentes de trânsito, homicídio ou suicídio). Na década de 1980, o percentual era 30,2%. O homicídio é a principal causa de mortes não naturais e violentas entre os jovens. A cada 100 mil jovens, 53,4 foram assassinados em 2011. Os crimes foram praticados contra pessoas entre 14 e 25 anos. Os acidentes com algum tipo de transporte, como carros ou motos, foram responsáveis por 27,7 mortes no mesmo ano.
Omissão
Segundo o mapa, o aumento da violência entre pessoas dessa faixa etária demonstra a omissão da sociedade e do Poder Público em relação aos jovens, especialmente os que moram nos chamados pólos de concentração de mortes, em regiões como o interior de estados mais desenvolvidos; em zonas periféricas, de fronteira e de turismo predatório; em áreas com domínio territorial de quadrilhas, milícias ou de tráfico de drogas; e no arco do desmatamento da Amazônia (AC, AM, RO, MT, PA, TO e MA).