Mostra interativa no Rio divulga os benefícios do parto normal

Veículo: Agência Brasil - BR
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Voltar ao aconchego do útero é uma das experiências sensoriais da exposição Sentidos do Nascer, no centro da capital fluminense, na Praça Tiradentes. A mostra, aberta nessa terça-feira (7), já passou por Belo Horizonte e vai para Niterói em agosto, com o objetivo de sensibilizar a população sobre os benefícios do parto normal. A entrada é franca e a mostra fica na praça até 25 de julho. O visitante começa a viagem no Espaço Gestação, com projeção em 3D de sua imagem grávido. Uma foto é tirada, podendo ser compartilhada online. Em seguida, vem o Mercado do Parto que, de maneira divertida e irônica, critica a mercantilização do parto. A “gestante” recebe ofertas de filmagem, unha, cabelo e maquiagem, descontos no parto programado, de acordo com o dia da semana e o horário, entre outros produtos. “Para que colo de mãe? Na Maternidade Cirúrgica, você e sua família podem descansar em paz enquanto seu filho chora sozinho no nosso berçário”, é uma das frases ouvidas no ambiente. Vídeos simulam diálogos sobre experiências e opiniões a respeito da cesárea e do parto normal, contestando o senso comum de que o natural é sempre doloroso e desagradável. O visitante ouve opiniões de doula, obstetra, gestante, pai, enfermeira, pediatra, avó e mãe de gestante sobre o parto normal e cirúrgico. A próxima experiência começa dentro do útero, um espaço bem estreito e quente, em que se ouve as batidas do coração. O bebê conversa com a mãe (visitante) e fala da importância do trabalho de parto para seu melhor desenvolvimento. A saída é por uma fenda que simula a vagina. Uma das idealizadoras da exposição, a pediatra, epidemiologista e coordenadora da Comissão Perinatal da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Sônia Lansky, explicou que a proposta do projeto é fazer com que as pessoas vivenciem de forma lúdica, crítica e reflexiva as maravilhas do parto. “É outra experiência de educação e saúde, inovadora. Estamos divulgando a informação com uma dimensão cultural para acabar com o senso comum de que a cesárea é o moderno e o parto normal é ultrapassado”.