No interior do Paraná, faltam profissionais para resolver as violações ao ECA
A estrutura para acompanhar casos de violência envolvendo crianças e adolescentes não cresce na mesma velocidade com que surgem novas vítimas em busca de atendimento no interior do Paraná. A cargo dos chamados Centros de Referência Especializados em Assistência Social (Creas), as situações de agressão física ou psicológica, negligência, abuso e exploração sexual são tratadas nas maiores cidades paranaenses por psicólogos, pedagogos, educadores e assistentes sociais em número ainda aquém das denúncias registradas. Em Londrina, são 17 profissionais para atender a uma demanda de 1,2 mil casos, sendo a maioria – o equivalente a 58% – relacionada à violência sexual. A média é de 70 casos para cada especialista. Na região Centro-Oeste do estado, o Creas de Cascavel tem uma equipe de oito profissionais para assistir 280 crianças e adolescentes. Nas demais cidades, a situação é semelhante. Em Ponta Grossa, são 354 casos aos cuidados de cinco profissionais, enquanto em Maringá 12 profissionais para atender a 280 situações ativas.