Nos extremos do Ideb, as boas e as más lições

Veículo: O Globo - RJ
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As notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2011 no ensino médio deixaram exposta a crise que o País enfrenta: nove estados pioraram de 2009 a 2011. Mas as notas trouxeram também uma boa surpresa. O Amazonas, pior desempenho em 2005, saltou 1,1 ponto em seis anos: deixou de ser o lanterninha com 2,4 e cravou 3,5 agora. Não foi o único bom exemplo: nos anos iniciais do fundamental, o Ceará foi de 3,2 em 2005 para 4,9. Nos anos finais, Mato Grosso subiu 1,4 ponto. Diretor de Políticas e Programas Educacionais do Amazonas, Edson Melo, que por mais de sete anos foi gerente do ensino médio, diz que "a política da continuidade" teve seu papel, mas que o investimento nos profissionais e na gestão escolar foi fundamental para a evolução.

Má lição –Em Alagoas, o ensino médio da rede estadual obteve o pior Ideb (2,6) e piorou em relação a 2009 (2,8). O estado enfrenta uma crise na educação que se arrasta desde 2011, quando se anunciou a reforma emergencial de 163 escolas. O problema é tão grave que os alunos da escola estadual Rosalvo Lobo começam hoje as aulas de 2012, em tendas no pátio de outro colégio. O Ministério Público abriu investigação e flagrou superfaturamento nas obras e outras irregularidades. Nos últimos 10 anos, Alagoas teve 11 operações da Polícia Federal: a maioria sobre desvios na educação. “Nos últimos governos não tivemos continuidade de políticas”, diz Sandra Regina Paz, conselheira municipal de Educação. Neste ritmo, é difícil dizer quando Alagoas terá nota azul”.

Temas deste texto: Educação