Nova reação a Caçadas
A Universidade Zumbi dos Palmares e a ONG Educafro resolveram entrar na briga contra o parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) que permite ao Ministério da Educação (MEC) adotar livros com conteúdo supostamente racista, especialmente o clássico infantojuvenil Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato, publicado em 1933. As duas entidades protocolam hoje uma representação para se tornarem coautoras da ação do Instituto de Advocacia Racial (Iara), que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Luiz Fux tem até o próximo dia 5 para decidir se leva a discussão ao plenário da Corte.
Insensibilidade – Para as entidades, o parecer que indica a necessidade de contextualização histórica da obra pelos professores é insuficiente. O diretor executivo da Educafro, frei David dos Santos, reclama da insensibilidade do MEC. "Para gerar uma atitude de respeito à ecologia, o ministério manda colocar nota dizendo que é proibido caçar animais em livros que tratam dessa prática. No caso do negro, não existe essa obrigação", argumenta.