O desafio de transformar gasto em qualidade

Veículo: Extra Online - RJ
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O Plano Nacional de Educação (PNE), que ainda precisa ser aprovado no plenário da Câmara dos Deputados e no Senado Federal, prevê um aumento considerável da parcela do Produto Interno Bruto (PIB) destinada ao setor: até 2022, 10% do total das riquezas geradas pelo País. Atualmente, o percentual é 5,1%. A perspectiva de dobrar o investimento no setor anima quem defende que isto é necessário para compensar o atraso educacional do País, mas gera também críticas de quem considera que a Câmara cedeu aos movimentos sociais de olho nas eleições. Para esses, a meta é inalcançável e o problema não é de dinheiro, mas sim de qualificação profissional e a falta de demanda social por educação de qualidade.

Discutir e pressionar – Mesmo os defensores do plano afirmam que dobrar investimentos num setor marcado por problemas será um desafio, e que o governo precisará rever a forma como irá compor o orçamento, que deve estar atento para que os custos não sejam repassados – em forma de impostos – à população já sobrecarregada. “Fomos os primeiros a calcular que o investimento na educação deveria ser de 10,4% do PIB, mas a sociedade precisa discutir, e pressionar, como isso será feito. Há muitos pontos ainda sem resposta, ou com respostas ruins e contraditórias”, diz Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Temas deste texto: Políticas Públicas