O que podemos copiar da educação chinesa?
O sistema educacional da província de Xangai, na China, conquistou o primeiro lugar no mundo no último Pisa, o teste de qualidade educacional mais relevante da atualidade. Em artigo, o economista Gustavo Ioschpe sugere que o Brasil adote algumas das políticas públicas que asseguram o sucesso ao modelo chinês. Dentre elas, especialmente três: a que regula a quantidade – são 40 – de alunos por sala; a redução de pessoal administrativo; e, a política de cargos e salários. Para os chineses, explica Ioschpe é mais produtivo 40 alunos com um bom professor, do que dividi-los entre um professor bom e outro ruim. Xangai tem 0,28 funcionário para cada professor, no Brasil, 1,5. “Se o fundamental é o professor, aquilo que é menos importante precisa ser sacrificado”, explica. Quanto a cargos e salários, o sistema tem remuneração inicial pouco atrativa, e os aumentos são concedidos pelo sucesso na prática de ensino, julgada pelo desempenho dos alunos e por avaliações de colegas e diretores da escola; ou se o professor, voluntariamente, candidata-se ao nível superior da carreira.