O sexismo limita as crianças
Autor do best-seller “Criando Meninos” (1997), traduzido para 32 idiomas e com quatro milhões de exemplares vendidos, Steve Biddulph acaba de lançar, no Brasil, “Criando Meninas”. O psicólogo radicado na Austrália repassa as diferentes etapas da infância e da adolescência e chama a atenção dos pais para aspectos fundamentais do desenvolvimento do sexo feminino. “O principal objetivo dos meus livros é acabar com o sexismo. Temos de libertar as crianças desses limites ultrapassados comenta o escritor”, afirma. Segundo ele, as principais diferenças na criação de meninas e meninos “não são grandes, mas ainda importam muito”. Conforme diz, para criar uma sociedade igualitária, é preciso trabalhar para reduzir os efeitos dessas diferenças. “Por exemplo, meninas são muito receptivas ao contato, percebem os sentimentos das pessoas então, temos de nos certificar de que elas não se acostumem a sempre agradar aos outros, ou que não se tornem muito sensíveis e preocupadas com a opinião alheia. Temos de fortalecê-las. Meninos desenvolvem mais devagar as habilidades manuais e com as palavras. Temos de ser mais pacientes para ajudá-los, e não empurrá-los para a escola e querer que se tornem tão jeitosos quanto as meninas”, afirma.