O tempo no Bolsa Família e os resultados na educação
Em artigo, o especialista em políticas públicas e gestão governamental da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Armando Simões, defende os programas de transferência de renda como capazes de mudar o padrão de consumo familiar, desde que possam alterar “a parcela da renda com a qual a família pode contar a cada mês para suprir suas necessidades”. Segundo ele, foi por alterar a renda permanente das famílias pobres que os programas de transferência de renda nos Estados Unidos geraram efeitos positivos para crianças e jovens que viviam abaixo da linha de pobreza. “A literatura especializada relata uma série de efeitos positivos da permanência nos programas, entre eles maior chance de os jovens beneficiários completarem o ensino médio, redução da participação dos jovens em idade escolar no mercado de trabalho, maior número de anos de escolarização, redução das faltas às aulas, melhora da disciplina em classe e do desempenho em testes padronizados de aprendizagem”.