Octógono é lugar para crianças?

Veículo: Revista Istoé - BR
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A partir dos cinco anos, crianças americanas têm sido levadas por seus pais para participar de torneios infantis de MMA – ou melhor, Pankration, técnica grega semelhante, mas na qual são proibidas joelhadas e cotoveladas. Estima-se que cerca de três milhões de meninos e meninas pratiquem o esporte nos Estados Unidos. No Brasil, começam a despontar academias de artes marciais mistas (ou MMA) para os pequenos, porém sem combates oficiais. Mas, com a popularização dos marmanjos fortões do Ultimate Fighting Championship (UFC), que enriquecem em shows de brutalidades, não será surpresa o surgimento de torneios infantis aqui, até porque não há legislação que proíba. Nos EUA, os eventos para crianças não envolvem dinheiro, mas os minúsculos gladiadores são condecorados com medalhas e troféus, além do aplauso dos pais, que sonham com os bilhões de dólares que a indústria pode oferecer aos pimpolhos no futuro. Entretanto, apesar de serem fortes e disputarem ferozmente com os adversários no octógono, eles não deixam de ser crianças e, não raro, saem de cena chorando. Alguns fazem pirraça e se negam a cumprimentar o rival, como é obrigatório.