OMS e Unicef alertam para queda de vacinação de crianças durante a pandemia

Veículo: Jornal Nacional - BR
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A Organização Mundial da Saúde e o Fundo das Nações Unidas para Infância afirmaram, nesta quarta-feira (15), que houve uma queda alarmante no índice de vacinação de crianças, especialmente durante a pandemia.

A OMS e o Unicef alertaram que a situação é especialmente preocupante na América Latina e no Caribe – regiões que agora enfrentam interrupções nos serviços de vacinação por causa da pandemia. Pelo menos 30 campanhas de vacinação contra o sarampo e a rubéola, em diferentes países do mundo, foram suspensas ou canceladas, o que pode provocar novos surtos dessas doenças já nos próximos meses.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, avisou que a pandemia colocou anos de ganhos de vacinação em risco e a falta de imunização de rotina pode matar muito mais crianças do que própria Covid-19.

A preocupação já vinha de 2019. O levantamento revelou que, só em 2019, cerca de 20 milhões de crianças no mundo não foram vacinadas ou não receberam todas as doses necessárias. Quase dois terços delas em apenas 10 países, entre eles, o Brasil. No país, 800 mil crianças brasileiras ficaram sem proteção contra difteria, tétano e coqueluche.

No Brasil, a taxa de vacinação da tríplice bacteriana, que imuniza contra essas três doenças, caiu 23 pontos percentuais de 2015 a 2019, para pouco mais de 70%. Foi uma das quedas mais expressivas do planeta, atrás apenas da pequena Samoa e da Líbia – em guerra – e empatada com a Venezuela, que vive uma crise humanitária.