OMS faz alerta para obesidade infantil nos países em desenvolvimento

Veículo: www.ebc.com.br - DF
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O Repórter Rio de hoje (27) conversou com a coordenadora do Programa Infanto-Juvenil do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia, Carmem Assunção, sobre o alerta divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de que o índice de obesidade infantil aumentou em países em desenvolvimento. Segundo a médica, para os brasileiros, essa informação não foi uma surpresa, porque a pesquisa de orçamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já apresentava dados alarmantes sobre obesidade infantil prinicipalmente entre crianças de 5 e 7 anos. "Não somente a obesidade mas também o sobrepeso, que vem a ser o excesso de peso e o que antecede a obesidade. As meninas, em comparação com taxas de 30 anos atrás, a taxa de sobrepeso aumentou 32%, mas o maior aumento foi em meninos em que taxa foi 34%. A obesidade aumentou em meninos e meninas na faixa de 11%. A gravidade da obesidade, em países em desenvolvimento vem crescendo de maneira alarmantes sem que efetivamente tenhamos alguma prevenção, novas portarias, implantação de programas voltados para a população, campanhas. Nos países em desenvolvimento vemos a desnutrição passar para o excesso de peso, e daí, para a obesidade, sem qualidade profissional", ressaltou. O consumo de produtos industrializados, chamados de alimentos que têm calorias vazias, associado ao sedentarismo contribui para a obesidade infantil, explicou a especialista. "Outro fator importante são os hábitos alimentares. O comportamento alimentar de uma criança é estruturado baseado nos hábitos familiares. O hábito de comer à mesa também é muito importante e deve ser observado pelos pais e responsáveis", acrescentou. As políticas publicas para combater o problema são de extrema importância, avalia a coordenadora do programa estadual. Carmem afirma que as doenças crônicas devem ser combatidas não só por campanhas de hipertensão, diabetes,  mas também muito antesdurante a vida intra-uterina. "As políticas públicas de prevenção devem alertar aos pais sobre o problema. Os pais podem enterrar seus filhos porque essas crianças que apresentam a obesidade de hoje vão ter riscos cardio-vasculares elevadíssimos daqui a 10 anos. Campanhas de regulamentação de rótulos de alimentos, alertas sobre refrigerantes e bebidas açucaradas, isso tudo tem de ser incentivado pelo governo e também com a colaboração da indústria alimentícias que devem alertar a população quanto aos riscos cardio-vasculares".