ONU denuncia atrocidades
Os militantes do grupo extremista Estado Islâmico (EI) realizaram no Iraque execuções em massa, raptaram mulheres e meninas que fizeram de escravas sexuais e usaram crianças como soldados, o que pode ser qualificado como crimes de guerra. Foi o que denunciou nesta sexta-feira (3) a Organização das Nações Unidas (ONU). Em um relatório baseado em 500 entrevistas com testemunhas, a ONU ainda informou que os ataques aéreos do governo iraquiano contra os militantes sunitas causaram um significativo número de mortes de civis ao atingir aldeias uma escola e hospitais, violando as leis internacionais. Ao todo, 9.347 civis foram mortos e 17.386 ficaram feridos do início deste ano até setembro, a maioria depois que os extremistas islâmicos começaram a ocupar vastas áreas do Norte do Iraque no início de julho. Foi o que reiterou em Genebra o novo alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, príncipe Zeid Ra’ad al-Hussein, de nacionalidade jordaniana. Ele é filho de Ra’ad ibn Zeid, pretendente ao trono do Iraque. Al-Hussein voltou a pedir ao governo de Bagdá que se filie ao Tribunal Penal Internacional (TPI), afirmando que a corte de Haia foi criada para processar tais abusos e agressões diretas contra civis, com base em seu grupo religioso ou étnico.