Parto domiciliar ganha adeptos, mas ainda enfrenta resistência
O parto domiciliar ainda encontra resistência entre os médicos, apesar de gestantes e outros profissionais defenderem o modo natural de dar à luz. Órgãos como o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), por exemplo, alertam para os riscos que envolvem a escolha por esse procedimento. Em junho passado, o Cremesp passou a não recomendar o procedimento nos domicílios, a não ser em caso de emergências. Entre os principais problemas estão a possibilidade de haver hemorragia, sofrimento fetal e parada de progressão. "Não existe parto de baixo risco, porque tudo depende das intercorrências. No hospital há muito mais chances de tudo dar certo", pondera Silvana Morandini, conselheira do Cremesp. Embora não haja dados nacionais sobre parto domiciliar, sabe-se que o número é crescente. Nos Estados Unidos, os nascimentos em casa subiram 20% entre 2004 e 2008, segundo pesquisa da Birth.