PE: Uma nova esperança para as mães do crack

Veículo: Diário de Pernambuco - PE
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A barriga de sete meses de gravidez é um incentivo. Não impede, porém, que uma jovem de 19 anos acenda um cachimbo de crack quando a abstinência chega ao limite. "Comecei a usar grávida de dois meses da minha primeira filha. Tinha me separado. Eu estava passando debaixo de uma ponte, vi uma roda de gente e fui saber o que era. Foi a primeira vez que usei o crack", contou. Hoje, ela luta para se livrar do vício. Entre idas e vindas, está numa casa de apoio há três meses mas passou um mês fora e só retornou há três dias. No Recife e Jaboatão, em Pernambuco,são pelo menos 68 gestantes e usuárias de crack e outras drogas vivendo nas ruas, estima a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. Devido ao número relevante, a pasta passará a oferecer, na segunda quinzena de março, atendimento especializado a essas mulheres, através do Programa Atitude, que trabalha com dependentes químicos. As gestantes ficarão lá por até um ano, separadas das usuárias não grávidas, no novo Centro de Acolhimento Intensivo, de localização sigilosa.

Temas deste texto: Drogas