Peso do Bolsa-Família para mais pobres cresce 85%

Veículo: O Estado de S. Paulo - SP
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A participação do Bolsa-Família e de outros programas sociais na renda dos mais pobres tem aumentado. Enquanto, em 2013, o trabalho era responsável por 77,2% da renda de todas as famílias, naquelas com renda per capita de até um quarto do salário mínimo o peso dos salários era bem menor, de 57%. Na outra ponta, as "outras fontes" (programas sociais, aluguéis, investimentos) representavam apenas 4,5% no rendimento do total das famílias e chegaram a 37,5% entre os muito pobres. Em 2004, as "outras fontes" representavam 20,3% do total de rendimentos das famílias de menor renda, ou seja, o peso quase dobrou em nove anos (aumento de 85%). Os benefícios governamentais foram tema de duros embates na campanha presidencial. A situação acusava os adversários de planejarem o fim dos programas e a oposição dizia que o governo se "contenta" com a transferência direta de dinheiro aos pobres, sem oferecer oportunidades de obter renda por conta própria. O período pesquisado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai do segundo ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2004) ao terceiro ano do governo Dilma Rousseff (2013), década em que os programas sociais foram estendidos.

Temas deste texto: Políticas Públicas