Polícia desmantela rede que explorava sexualmente mulheres africanas
A polícia espanhola anunciou no sábado (29) o desmantelamento de uma rede, que incluía brasileiros, que introduzia ilegalmente na Espanha mulheres africanas grávidas ou com crianças muito jovens para explorá-las sexualmente, mantendo-as trancadas em péssimas condições de higiene. Dez pessoas – três brasileiras, quatro nigerianas, duas marroquinas e uma malinense – foram detidas e seis vítimas foram libertadas em uma operação que permitiu "desarticular uma organização criminosa (…) que se dedicava ao tráfico de mulheres da África Subsaariana", disse a polícia em um comunicado. Capturadas em seus países de origem, principalmente Nigéria, as vítimas eram levadas para a costa do Marrocos. As mulheres chegavam ao solo espanhol cruzando o estreito de Gibraltar em barcos frágeis, conhecido na Espanha como "pateras". "Para garantir que as autoridades espanholas não as devolveriam aos seus países de origem ao interceptar os barcos em que elas chegavam, a organização privilegiava mulheres grávidas ou acompanhadas por crianças muito jovens", explicou a polícia.