Prefeitos ricos, alunos pobres

Veículo: Correio Braziliense - DF
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Não é apenas o péssimo desempenho de alguns municípios brasileiros na mais recente avaliação sobre a qualidade do ensino médio que envergonha os brasileiros. Cruzamento feito pelo Correio comparando os dados do Ministério da Educação (MEC) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que, em boa parte deles, enquanto o ensino público despencou, o patrimônio dos prefeitos – boa parte deles de olho na reeleição – ascendeu. E não são números isolados: das 30 cidades onde o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) registrou as maiores quedas, comparando-se os resultados de 2011 com os de 2009, em 20 delas os atuais prefeitos ou vice-prefeitos são candidatos nas eleições de outubro.

Responsabilidade educacional – Em 14 desses municípios, os políticos aumentaram os respectivos patrimônios. "O Congresso Nacional precisa aprovar uma lei de responsabilidade educacional para evitar a má aplicação dos recursos e punir os gestores que não cumprirem as metas", defende o professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Célio da Cunha.

Temas deste texto: Educação