Projeto estimula estudantes a usar tecnologias em sala de aula
Um projeto para estimular estudantes da rede pública a usar tecnologia em sala de aula foi lançado nesta terça-feira (12) na Escola Municipal Malba Tahan, em Irajá, zona norte do Rio de Janeiro. O projeto Recode em Escolas foi criado pela organização não governamental (ONG) Comitê pela Democratização da Informática (CDI) em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e trabalha com os professores da rede pública, procurando sensibilizá-los para o uso das tecnologias e para que passem a enxergar objetos, como o celular e o tablet, como ferramentas para auxiliá-los em sala de aula para melhorar o desempenho dos alunos.
A gerente do Recode em Escolas, Carla Branco, disse que o objetivo é que aparelhos como celular e o tablet sejam inseridos na prática da sala de aula. Para ela, o projeto torna o processo de ensinar e aprender mais interativo. Carla diz que, com o projeto, a secretaria e o CDI dão aos jovens a oportunidade de eles poderem se inscrever em disciplinas eletivas, oferecidas no contraturno.
Na Escola Municipal Malba Tahan, foram capacitados 11 professores, que levam para os alunos, na sala de aula, conteúdos com games (jogos) e competições em disciplinas eletivas. O projeto aproveita o modelo vigente nessa escola, que é o Ginásio Carioca, que tem um período mais estendido de aulas. “É um modelo diferente, com uma carga de aulas maior e melhor para formação dos meninos”, disse Carla. No período fora do horário regular, entram as disciplinas eletivas.
O Ginásio Carioca foi implantado pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro em 2011. O modelo oferece um conjunto de ações sob a forma de práticas e vivências, por meio da ampliação da jornada escolar e da implantação de metodologias que auxiliam na elevação dos indicadores de aprendizagem e dão apoio ao projeto de vida dos estudantes e à educação para os valores democráticos. A informação é da prefeitura carioca.
Empolgação
A estudante do 7º ano da escola, Beatriz Cristina Santos, considerou ser importante usar o celular para aprender. "Gostei muito dos jogos para aprender português, matemática, ciências e geografia", disse. Marcelle Oliveira, de 15 anos, concordou que "gera mais interesse aprender com a tecnologia". Weverton Braga Sousa, do 9º ano, diz que “facilita a compreensão". O resultado foi aprovado também pela diretora da escola, Valéria Menezes Valetim. "A proposta foi abraçada pelos professores. Para as crianças, é uma novidade trabalhar com tecnologia de forma mais produtiva”.
No próximo dia 29 de julho, o projeto será lançado para os estudantes da Escola Municipal Celestino da Silva, no centro da cidade, onde 14 professores participam das capacitações.
Carla Branco revelou que o projeto está formando professores também em quatro escolas de São Paulo e Santa Catarina, em parceria com as secretarias estaduais de Educação, sendo duas em cada estado, visando lançar o projeto depois para os estudantes dessas unidades de ensino.
No fim do ano, está programado evento de reconhecimento ao trabalho de professores e alunos em sala de aula no desenvolvimento de protótipos de aplicativos para solução de problemas encontrados na sala de aula e também na vida pessoal e familiar. O Recode em Escolas objetiva ainda a redução da evasão escolar.