Projeto Livro de Graça na Praça busca democratizar a leitura

Veículo: O Tempo - MG
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“O índice de leitura do brasileiro é baixíssimo. Segundo o Ministério da Educação, dá uma média de 1,7 livro por habitante, por ano. Ou seja, a grande maioria não lê nada”. A reflexão é de Arthur Vianna, um dos organizadores do “Livro de Graça na Praça”, que busca a democratização da leitura por meio da produção e distribuição gratuita de livros em praças públicas. A 13ª edição do projeto acontece no domingo, na praça Duque de Caxias, e contará com a distribuição de mais de 20 mil exemplares de três livros inéditos. As obras são “Provérbios, Ditados e Ditos Populares”, que traz contos, de 28 autores, inspirados em ditos populares; “Ler É Brincar”, livro infantil escrito por 25 autores, que versa sobre diferentes assuntos; e o cordel “Desafio do Cearense com o Mineiro”, de autoria do cearense Edésio Batista e do mineiro José Mauro da Costa. “O projeto surgiu em 2003, de um grupo de escritores que resolveu fazer um livro e distribuir gratuitamente na praça da Liberdade. Depois, conseguimos patrocínio e o projeto cresceu. Já fizemos 13 edições em Belo Horizonte e, em 2013, levamos o projeto a Manaus, Uberaba e Uberlândia”, conta Vianna. “Até agora, o projeto já distribuiu cerca de 330 mil exemplares de 35 livros inéditos”, completa o organizador. Para Vianna, um dos grandes pontos do “Livro de Graça na Praça” é possibilitar a troca entre leitor e autor. “Essa interação é uma das grandes riquezas do projeto. Tem muitos leitores que nunca conversaram com um escritor, e são leitores passantes, já que o projeto acontece em praça pública”, sublinha. “Também destaco os concursos de escritores que fizemos. Além de contar com grandes nomes, também damos espaços aos jovens talentos”, completa Vianna, lembrando que, dos 295 escritores que já passaram pelo projeto, 27 eram estreantes.

 

Temas deste texto: Consumo - Cultura - Educação - População