Recife institui a Semana Municipal de Prevenção e Combate à Obesidade Infantil
O Recife passa a contar com a Semana Municipal de Prevenção e Combate à Obesidade Infantil. O Projeto, de autoria da vereadora Ana Lúcia, tornou-se lei após sanção do prefeito da cidade, João Campos, no último dia 7 de maio. Com uma semana dedicada ao tema, o objetivo é que uma série de ações seja implementada em escolas do município, sempre compreendendo o dia 11 de outubro – Dia Nacional de Prevenção da Obesidade.
Com a lei de número 19.225, a Semana Municipal de Prevenção e Combate à Obesidade Infantil fica instituída no Calendário Oficial de Eventos do Município do Recife, com a possibilidade do Poder Executivo Municipal realizar parceria com Instituições de Ensino Superior, objetivando o apoio técnico e científico para a realização das atividades alusivas ao tema nas unidades de ensino sempre na segunda semana do mês de outubro.
“É uma lei muito importante, que demonstra o nosso cuidado para com a saúde das crianças recifenses e também conscientização de toda a sociedade em torno do tema. Práticas saudáveis de alimentação devem fazer parte da rotina de aprendizado de crianças e adolescentes, que poderão ter a oportunidade de se alimentarem melhor no futuro, conscientes dos riscos da obesidade, que é uma doença”, explica a vereadora Ana Lucia.
De acordo com o Ministério da Saúde, a obesidade em crianças e adolescentes é multifatorial. Condições genéticas, individuais, comportamentais e ambientais podem influenciar no estado nutricional. O relatório público do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional, com dados de pessoas acompanhadas na Atenção Primária à Saúde (APS), aponta que, até meados de setembro de 2022, mais de 340 mil crianças de 5 a 10 anos de idade foram diagnosticadas com obesidade.
Em 2021, a APS diagnosticou obesidade em 356 mil crianças dessa mesma idade. Atualmente, a Região Sul possui 11,52% de crianças obesas nessa faixa etária, maior índice do País. Em seguida, aparecem as Regiões Sudeste, com 10,41%; Nordeste, com 9,67%; Centro-Oeste, com 9,43%; e Norte, com 6,93% das crianças acompanhadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Região.
O surgimento da obesidade durante a infância é grave e pode aumentar o risco da condição persistir durante a idade adulta. Estudos mostram que 20% das crianças e 80% dos adolescentes obesos tornam-se adultos obesos. O excesso de peso apresenta diversos tipos de consequências indesejáveis, nas áreas de desenvolvimento físico, psicológico, social e econômico de crianças e adolescentes.
Para saber mais sobre o direitos das crianças, conheça a newsletter Infância na Mídia.