RJ: Filas de bebês e crianças
Devido a uma mistura de falta de pediatras e baixa remuneração pelos planos de saúde, cada vez mais hospitais estão encerrando o atendimento pediátrico. Somente nos primeiros meses deste ano, três unidades privadas pararam de atender crianças: o Hospital Silvestre, no Cosme Velho; o São Vicente de Paulo, na Tijuca; e o Balbino, em Olaria. Até um instituto público, o Martagão Gesteira, da UFRJ, também desistiu da empreitada. Nos últimos três anos, também integram o rol clínicas na Ilha, no Méier, na Zona Oeste, além do Hospital RioMar, na Barra, que encerrou as atividades pediátricas pouco depois de ser noticiado que um falso médico teria atendido uma menina de cinco anos e a liberado desacordada. A dimensão do problema pode ser medida também pelos dados da Associação de Clínicas Pediátricas do Rio: em 2009 a entidade reunia 20 associadas. Hoje, são apenas nove. Juntas, as clínicas que fecharam faziam pelo menos nove mil atendimentos por mês, segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Pediatria.