RJ: Infância interrompida
Alan de Souza, de 12 anos, foi brutalmente assassinado no Rio de Janeiro (RJ) com dois tiros na cabeça, disparados a curta distância. Alan teve a infância interrompida em razão da falta de oportunidades, de amor e de cuidados que afeta tantas outras crianças. Tudo leva a crer, de acordo com policiais, que o menino foi assassinado por seguranças de ruas do Jardim Botânico. Mas os tiros que o mataram acertaram em cheio também instituições como a família e o Estado. O garoto não gostava de estudar. Segundo a mãe, ele estava no quinto ano do ensino fundamental, apesar de não saber ler e escrever. Apesar das dificuldades, a família sequer foi chamada pela escola para saber o que estava acontecendo com o aluno, que foi reprovado por faltas no ano passado.
Rendimento – Pelo histórico escolar de Alan, o garoto faltava as aulas com frequência e tirava notas sempre baixas. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, embora tenha estudado em três colégios do programa Escolas do Amanhã (que inclui turno integral e é voltado para estudantes moradores de áreas violentas), o menino não deslanchava. Apesar de a secretaria manter um programa de acompanhamento de evasão escolar, os educadores não perceberam a necessidade da família de Alan ser chamada para uma conversa sobre seu rendimento no colégio.