RJ: ONGs retiram-se do Alemão

Veículo: O Globo - RJ
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Mais de 500 jovens que moram nas comunidades deixaram de frequentar as atividades do AfroReggae e da Central Única de Favelas (Cufa), desde que as duas ONGs decidiram fechar suas portas nesses lugares. Foram interrompidos 14 projetos, que incluem aulas de artesanato, grafite, capoeira, teatro, basquete e circo, entre outros. O AfroReggae, coordenado por José Júnior, voltou a paralisar suas ações na região na sexta-feira (16), apesar de o policiamento estar reforçado em frente a todos os seus núcleos. Ontem, a unidade da Vila Cruzeiro mantinha trancada a porta de madeira instalada no lugar da de vidraça, estilhaçada a tiros. Nas últimas semanas, Júnior denunciou sistemáticas ameaças feitas, que chegaram a atacar duas vezes os núcleos da ONG em menos de três dias, na virada do mês. Em solidariedade à situação vivida pelo grupo, a Central Única de Favelas também decidiu fechar as portas de sua base no ponto mais alto do Alemão, no topo da pedreira, região famosa por ter se tomado rota de fuga de traficantes durante a ocupação do complexo, em novembro de 2010.