RJ: Professores decidem continuar a greve
Após uma reunião de quase cinco horas no Palácio da Cidade com um grupo de 30 vereadores da base do governo, o secretário municipal da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho, anunciou na noite de ontem (24) que a prefeitura concordou em modificar o plano de cargos e salários dos professores, que deve ser votado ainda esta semana na Câmara. A grande modificação é o nivelamento do valor da hora/aula dos professores do 1º ao 5º ano do ensino fundamental com os do 6º ao 9º. A equiparação acontecerá de forma escalonada em cinco anos. O investimento, segundo Pedro Paulo, será de R$ 3 bilhões para concretizar a mudança. Vereadores irão elaborar hoje a versão final do texto, que o governo não abre mão de que seja votado em regime de urgência amanhã. Outra mudança é criar um enquadramento que considere a formação acadêmica dos servidores de apoio.
Ponto no estado pode ser cortado –Na rede estadual, depois de quase 50 dias em greve, os professores poderão ter seus salários descontados pela Secretaria de Educação. O corte poderá ser retroativo ao início da paralisação, em 8 de agosto, ou a partir do último dia 6, quando o sindicato foi notificado pela Justiça da ilegalidade da paralisação. A decisão caberá ao acórdão que ainda será publicado pelo Tribunal de Justiça. Na segunda-feira, o Órgão Especial do TJ manteve a liminar que declarou ilegal a greve dos professores da rede estadual. Uma liminar que impedia o governo de punir os grevistas com o corte de ponto também foi derrubada. Embora o Sepe informe que 45% dos 75 mil professores da rede estadual aderiram à greve, a Secretaria de Educação alega que são apenas 710.