Robôs enriquecem o currículo escolar e estimulam o cérebro
Em vez de quadro-negro e carteiras, a sala de aula tem furadeira, martelos, parafusos, grampos e serra tico-tico. E como atividade principal: a construção de um robô. O nome da aula é robótica, uma multidisciplina que, apesar de parecer ficção científica, é um aparato pedagógico capaz de desenvolver raciocínio lógico, criatividade e relacionamento interpessoal. O objetivo final não é construir um robô perfeito, mas superar as fases envolvidas no projeto. Para concluir uma máquina que ande em linha reta, por exemplo, o aluno precisa utilizar fórmulas matemáticas, conceitos da física, geometria, mecânica, raciocínio lógico e até noções de planejamento. Para o Ph.D. em Engenheira Mecânica Robótica, Alcy Rodolfo dos Santos Carrara, a inclusão da robótica na educação brasileira é uma forma de enriquecer o currículo escolar, que hoje é pobre em atividades práticas. "A criança e o jovem já começam a ter aquela ideia de que podem inventar, algo até então tolhido em sala de aula", diz.