Rodovias federais têm 9.745 pontos vulneráveis de exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil
Exploração sexual infantil: Dados foram divulgados nesta quarta-feira (31). Ao todo, 5.731 locais foram fiscalizados entre janeiro e maio deste ano e classificados como pontos de baixo, médio, alto risco e crítico
As rodovias federais do Brasil têm 9.745 pontos vulneráveis para exploração sexual de crianças e adolescentes. Os dados foram divulgados, nesta quarta-feira (31,) pelo Ministério da Justiça e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em parceria com a ONG Childhood Brasil durante o lançamento da 9° edição do Projeto Mapear.
Na 8ª edição do Projeto Mapear ( 2019/2020), 3.651 pontos vulneráveis foram mapeados nas rodovias federais, um aumento de 166% na quantidade de locais de risco.
“O grande objetivo é atuar antes que o crime ocorra e crianças e adolescentes não sofram as consequências terríveis dessa exploração”, diz Liamara Pires, coordenadora-Geral de Direitos Humanos na PRF.
Ao todo, 5.731 locais foram fiscalizados país entre janeiro e maio deste ano e classificados como pontos de baixo, médio, alto risco e crítico. Entre os pontos de vulnerabilidade estão aqueles de maior circulação de pessoas, como postos de combustíveis, bares e estabelecimentos comerciais.
Números das operações da PRF de janeiro a maio de 2023
- 102 pessoas foram detidas, sendo 11 pelo crime de exploração sexual
- 138 crianças foram resgatadas, sendo 14 vítimas de exploração sexual
“Apesar dessa edição trazer um número de pontos críticos, o que isso demonstra é um maior empenho da PRF “, diz Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil.
Eva Dengler destaca que o próximo desafio é levar o projeto para a Polícia Militar, para que as vias estaduais também sejam monitoradas. Durante o evento, estiveram presentes o ministro da Justiça, Flávio Dino e a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja.
Dino defendeu que “as polícias devem caminhar juntas” para combater esse tipo de crime. A primeira-dama se comprometeu a investir em políticas públicas para garantir os direitos das crianças e adolescentes.
“O projeto Mapear é um dos melhores exemplos que poderemos ter. Programas como este não são programas de governo, são programas de estado”, diz Janja.
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