RS: Crack dificulta a retirada das crianças das ruas
Diante da epidemia do crack, tirar crianças das ruas transformou-se em sinônimo de luta contra a dependência. O problema é que a rede pública de atendimento não está preparada para remover esta pedra do caminho. Como mostrou a história de Felipe, o menino em situação de rua que teve sua história contada pelo jornal, o procedimento padrão é internar o usuário para 21 dias de desintoxicação. Embora ajudem a limpar o organismo dos pacientes, essas três semanas acabam desperdiçadas porque faltam espaços públicos para dar continuidade ao tratamento. Sem acompanhamento, meninos como Felipe retornam instantaneamente para as esquinas e para as drogas após a alta. Segundo o psiquiatra Rogério Alves da Paz, a recaída é quase certa se o paciente retornar para o mesmo ambiente de onde saiu.