RS: Prevenção ao HPV em discussão

Veículo: Zero Hora - RS
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Somente no Rio Grande do Sul, a meta é imunizar 258 mil garotas de 11 a 13 anos contra o vírus causador do câncer de colo de útero, o terceiro mais frequente no país. A estratégia é imunizar antes do início da vida sexual, como prevenção. Para facilitar o acesso, as injeções serão aplicadas nas escolas das redes pública e privada, em calendário que se estende até 10 de abril. Ao mesmo tempo em que é aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotada em diversos países, a vacinação sofre críticas. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) divulgou carta se posicionando contra a vacina. De acordo com a entidade, a vacina expõe adolescentes a risco de supermedicação desnecessária. Segundo o professor de ginecologia da UFRGS Paulo Naud, consultor da OMS, a vacina tem se mostrado segura e eficaz. “Agora a mulher tem a chance de ter uma vacina contra uma doença que é um problema de saúde pública”, ressalta. Apesar da oferta feita pela rede pública nas escolas, ninguém será obrigado a imunizar-se. Pais que não quiserem vacinar suas filhas poderão assinar um termo de recusa. Conforme o Ministério da Saúde, 5,2 milhões de meninas entre 11 a 13 anos são público-alvo da campanha de vacinação. Ainda de acordo com a pasta, o câncer de colo de útero é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

Temas deste texto: Saúde