RS: Três destinos possíveis para as meninas da Fase
Para as meninas privadas de liberdade na unidade feminina da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase), em Porto Alegre (RS), o fim da internação significa um novo desafio: voltar para o lar e viver dentro da lei. As que recaem tendem à voltar para a internação ou morrem. Na linguagem delas, são os "três Cs": casa, cadeia ou cemitério. “Enquanto a gente está aqui, está bem. O difícil é lá fora”, diz uma menina de 18 anos. Ela e as outras 29 garotas internadas aprenderam que o caminho certo é o da lei, de um emprego formal, ainda que em troca de salário mínimo. A tentação do dinheiro fácil do tráfico é o desafio a vencer. “A gente propicia valores de como lidar com pessoas. É preciso amadurecimento e o delas vêm através da mudança de raciocínio”, diz a coordenadora da semiliberdade, Patrícia Dornelles.