SC: Falta de perspectivas alimenta ciclo da pobreza
Os 27 municípios que compõem as microrregiões de Criciúma e Araranguá abrigam 2,5 mil crianças que vivem em situação de pobreza extrema – isto é, com renda familiar per capita inferior a R$ 70 por mês, além de benefícios como o Bolsa Família. Os dados de 2010 do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), cruzados com a contagem de população feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) no mesmo ano, revelam que mais de 2% das pessoas com menos de 15 anos vivem nessa condição. Entre as pessoas acima desta idade, o índice é menor: 1,1%. Por que as crianças são mais atingidas pelo problema? Para o sociólogo Christian Deboita Medeiros, elas são o reflexo e o meio pelo qual o círculo vicioso se mantém. "Se a criança é obrigada a trabalhar cedo, ela não estuda e reproduz a miséria. Vai trabalhar em serviços domésticos ou na agricultura", acrescenta.