Sem estímulo na infância, cérebro tem déficit de 40%

Veículo: Correio da Paraíba - PB
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Crianças que cresceram em orfanatos e não foram estimuladas durante a primeira infância podem ter um déficit na capacidade cognitiva de quase 40%, já aos dois anos de idade. A descoberta é fruto de um estudo realizado pelo neurocientista americano Charles Nelson III, diretor de pesquisa do Boston Children’s Hospital, nos Estados Unidos. Por 12 anos, ele analisou três grupos de crianças romenas: 68 institucionalizadas, 68 que foram adotadas posteriormente e 72 que foram criadas junto aos pais. Os resultados reforçam a idéia de que, devido ao cérebro estar em plena formação, tudo que é sentido ou percebido nesta fase, independentemente se em uma instituição ou não, vai ativar ou manter desativadas determinadas áreas cerebrais, relacionadas ao conhecimento, à memória, à personalidade e às emoções.

Consequências – Sofrendo negligência, especialmente após os dois anos, os resultados futuros são grandes. Além do atraso mental, aparecem diversos desajustes psicológicos, sociais e físicos, os quais incluem depressão, diabetes e, até mesmo, a obesidade.

Temas deste texto: Comportamento